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Direitos da mulher na América Latina melhoram, mas não o bastante

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Agência EFE

MÉXICO - Os Governos da América Latina têm mostrado avanços para garantir o respeito aos direitos das mulheres, mas que ainda não foram suficientes para erradicar a desigualdade de gênero, afirmaram nesta quarta-feira representantes de organizações internacionais.

Na apresentação do "Diagnóstico sobre a situação dos direitos humanos no México", a diretora para o México, América Central e o Caribe do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Teresa Rodríguez, disse que em geral os modelos de desenvolvimento na América Latina não levam em conta a opinião das mulheres.

Ela citou como exemplo que só 14% das mulheres que vivem em localidades rurais podem decidir sobre o uso de algum tipo de anticoncepcional.

Para Amerigo Incalcaterra, representante no México da Alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, houve grandes avanços. - Mas foram precisos quase 30 anos um reconhecimento internacional dos direitos da mulher. Era um setor invisível e não tinha acesso aos benefícios dos direitos universais - lembrou.

O relatório denuncia que no caso do México o orçamento destinado a instâncias oficiais que combatem a violência contra a mulher foram afetados pela redução de recursos nos últimos anos.

Segundo a diretora regional do Unifem, o diagnóstico no México é semelhante ao que se poderia fazer para toda a América Latina. Mas na região existem ainda desigualdades no respeito aos direitos das mulheres indígenas e descendentes de africanos.