Agência AFP
PAQUISTÃO - O Paquistão começou nesta terça-feira a festejar o 60º aniversário de sua independência, uma celebração discreta devido às ameaças terroristas após a onda de atentados praticados pelos muçulmanos fundamentalistas que o Exército tenta combater no noroeste do país.
Um minuto depois da 0h local, foram lançados alguns poucos fogos de artifício no Palácio da Presidência e no Parlamento na capital, Islamabad, diante de um público pequeno e sob uma chuva torrencial.
A polícia já havia advertido que as celebrações seriam modestas e havia proibido o lançamento de fogos pelas pessoas, além de grandes concentrações populares. Tanto a polícia como o Exército estão em "estado de alerta" e patrulham as ruas da capital, onde foram montados diversos postos de controle com homens fortemente armados.
Este esquema foi armado há mais de um mês, desde o cerco e posterior invasão da Mesquita Vermelha de Islamabad, ocorridos nos dias 10 e 11 de julho, que deixaram dezenas de integristas islâmicos que haviam se entrincheirado no templo fortemente armados depois de terem enfrentado a Polícia nas ruas durante vários meses.
Depois da invasão, os fundamentalistas muçulmanos e a Al-Qaeda juraram vingança pela morte dos militantes da Mesquita Vermelha. Posteriormente, uma onda de atentados suicidas custou a vida de 250 pessoas.
Embora a ameaça dos radicais islamitas chegue inclusive ao coração de Islamabad, a maioria destes atentados ocorreu nas regiões tribais do noroeste do país, onde os talibãs afegãos e paquistaneses estão concentrados, além das forças da Al-Qaeda.