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Argentina quer ajuda da Venezuela no caso da maleta de dólares

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REUTERS

BUENOS AIRES - A Argentina pediu na segunda-feira à Venezuela que tome as medidas necessárias em relação ao escândalo surgido na semana passada, quando um empresário venezuelano ingressou em um vôo oficial com funcionários de ambos países carregando uma maleta com quase 800 mil dólares não declarados.

O governo argentino já sofre os resultados do abalo provocado pelo caso.

Na semana passada, demitiu Claudio Uberti, funcionário do Ministério do Planejamento que participava do vôo e que coordenava a visita a Caracas realizada por diretores das petrolíferas estatais Enarsa e PDVSA.

- O governo nacional adotou com afinco as medidas que estavam a seu alcance com vistas a esclarecer o ocorrido- afirmou o chefe do gabinete de governo da Argentina, Alberto Fernández, à Rádio 10.

Fernández disse estar confiante na possibilidade de 'os membros da PDVSA nos ajudarem a descobrir o que aconteceu, adotando as medidas que precisem adotar'.

No sábado, a PDVSA disse ter dado início a uma investigação sobre as circunstâncias que resultaram na aparição de uma maleta com dinheiro em um vôo no qual estavam funcionários da empresa.

Meios de comunicação argentinos afirmaram no final de semana que o governo argentino esperava um gesto do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Uma possibilidade seria a demissão de Diego Uzcáteguy, chefe da empresa de capital misto Enarsa-PDV criada na Argentina para atuar no setor de energia.

O filho de Uzcáteguy também se encontrava no vôo e foi quem, segundo a versão do governo argentino, pediu que entrasse na aeronave Guido Alejandro Antonini Wilson, que disse ser o dono da maleta quando o avião pousou em Buenos Aires.

O caso, que deixou em maus lençóis Julio De Vido, ministro do Planejamento da Argentina e mão direita do presidente Néstor Kirchner, soma-se a outros escândalos recentes envolvendo acusações de corrupção, que vêm prejudicando a imagem do governo a menos de três meses das eleições presidenciais no país.