ASSINE
search button

Elizabeth II não queria que sua irmã atuasse como regente

Compartilhar

Agência JB

LONDRES - A rainha Elizabeth II da Inglaterra não queria que sua irmã, a princesa Margaret, atuasse como regente do príncipe Charles em caso de morte repentina ou invalidez da atual chefe de Estado britânica, segundo documentos que perderam o caráter de secretos neste domingo. Segundo a rainha, seria seu marido, o duque Philip de Edimburgo, que ocuparia o posto.

As manobras da monarca, feitas antes de sua cerimônia de coroação, em junho de 1953, estão atestadas nas notas do então secretário do Gabinete, Norman Brook, que mostram que, para a rainha, seria uma afronta que o duque de Edimburgo fosse relegado a segundo plano.

O Governo discutiu o assunto em maio de 1953, apenas um mês depois de a rainha ter sido informada que sua irmã pretendia se casar com o capitão Peter Townsend, quase 20 anos mais velho que a princesa e divorciado, segundo a edição de hoje do jornal "The Sunday Times".

Isto ocorreu menos de 20 anos depois de a monarquia britânica ter sido sacudida pela abdicação de Edward VIII ao se negar a renunciar a seu casamento com Wallis Simpson, uma americana divorciada.

Embora o Governo tenha decidido aprovar a alteração da Lei de Regência, houve uma intensa discussão sobre o assunto. No entanto, segundo o jornal, os documentos foram bastante censurados e faltam trechos inteiros das deliberações.