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Líbano bombardeia campo de refugiados, três soldados morrem

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REUTERS

LÍBANO - Tropas libanesas bombardearam militantes inspirados pela al Qaeda entrincheirados num campo de refugiados palestino neste sábado. Três soldados morreram nos combates, segundo fontes da área de segurança.

De acordo com elas, 21 soldados ficaram feridos no conflito, no qual usou-se artilharia pesada desde o início deste sábado.

A TV mostrava uma fumaça preta e densa sobre o campo Nahr al-Bared e construções danificadas pelas balas e munições.

- O Exército tenta controlar as posições que os militantes estão usando para disparar contra nós -, declarou uma fonte militar.

Pelo menos 118 pessoas, incluindo 50 soldados e 38 militantes, já morreram desde que os combates começaram em 20 de maio. Essa é a pior onda interna de violência no Líbano desde a guerra civil (1975-1990).

Somente alguns milhares dos 40 mil residentes do campo permanecem no lugar. Falta comida, água e luz. A principal estrada entre Tripoli e a fronteira síria foi fechada.

- Não há movimento na vizinhança do campo por causa do bombardeio. Os serviços básicos não estão disponíveis -, disse um residente palestino no campo, por telefone.

No último esforço para mediar a crise, islâmicos libaneses não conseguiram convencer os militantes a se render.

No entanto, fontes libanesas afirmaram que a Frente de Ação Islâmica, que inclui políticos sunitas e religiosos, além de um grupo de líderes religiosos palestinos, continuam a buscar uma solução negociada.

- Essas pessoas insistem que não irão se render. É a única saída. Estamos tentando de todas as maneiras convencê-los, usando argumentos da lei islâmica, de que esse não é o jeito certo de se fazer as coisas -, afirmou o líder da frente Fathi Yakan à Reuters.

Segundo Yakan, um primeiro passo proposto foi a rendição dos militantes libaneses do grupo. Muitos dos combatentes são estrangeiros, de outros países árabes. Todos eles prometeram lutar até a morte.

Os conflitos começaram quando os militantes atacaram unidades militares na região de Nahr al-Bared. Antes, houve uma batida num dos esconderijos do grupo de combatentes, numa cidade próxima.