Agência EFE
WASHINGTON - Andrew Speaker, o americano que contraiu uma grave variante da tuberculose e que na semana passada preocupou as autoridades de saúde após realizar dois vôos transatlânticos, poderá fazer pequenos passeios pelo hospital onde está internado se os resultados do terceiro exame que fizer forem bons.
Em comunicado, o National Jewish Medical and Research Center, localizado em Denver (Colorado) e no qual Speaker permanece isolado, disse hoje que, caso os resultados do terceiro exame salivar do paciente forem bons, ele poderá passear pelos corredores do hospital, mas acompanhado de uma pessoa e sem se afastar muito de seu quarto.
Duas análises feitas nesta segunda-feira indicaram a ausência da bactéria da tuberculose no organismo de Speaker. Caso a terceira avaliação dê o mesmo resultado, tecnicamente o doente poderá ser considerado 'relativamente contagioso'.
No entanto, o centro médico disse que, ainda que o terceiro exame dê negativo, não fica eliminada a possibilidade de Speaker ainda ser capaz de transmitir a doença e de a bactéria ainda crescer em seus pulmões.
Por sua vez, as autoridades de saúde do estado da Carolina do Sul informaram hoje que duas pessoas que estiveram num dos vôos feitos por Speaker deram positivo em um primeiro exame para tuberculose.
O porta-voz do Departamento de Saúde e Controle Ambiental da unidade federativa, Adam Myrick, disse que a confirmação dos dois casos ainda depende de testes complementares.
As autoridades não revelaram em que vôo dos feitos por Speaker essas pessoas estavam.
No entanto, já se sabe que mais de 20 estudantes da Universidade da Carolina do Sul estavam a bordo de um vôo entre Atlanta e Paris feito pelo doente.
Em declarações emitidas hoje pela rede de TV 'ABC', membros da família do paciente e de sua mulher disseram que Speaker sempre teve certeza de que não era contagioso.