Agência AFP
GAZA - O braço militar do movimento islâmico Hamas advertiu neste sábado que qualquer ataque de Israel contra seus líderes tornará "incerto" o destino do soldado hebreu Gilad Shalit, seqüestrado em junho de 2006 por grupos armados palestinos.
- Qualquer ação contra nossos responsáveis políticos ou militares acrescentará incerteza ao destino do soldado Shalit -, declarou à AFP Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam.
Obeida não descartou o "seqüestro de outros militares" israelenses e renovou a ameaça do Hamas de realizar ataques suicidas contra Israel, destacando que "trata-se apenas de uma questão de oportunidade".
Gilad Shalit foi seqüestrado em 25 de junho de 2006 por grupos armados palestinos, entre eles o Hamas, durante uma operação de comandos no território israelense, na fronteira com a Faixa de Gaza.
O Hamas ameaçou retomar seus ataques suicidas a partir de 17 de maio, um dia depois dos primeiros bombardeios aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza para acabar com os disparos de foguetes sobre o território hebreu.
A atual ofensiva aérea israelense já deixou 45 mortos, entre eles muito combatentes do Hamas.