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Sarkozy deixa presidência da UMP enquanto prepara ministério

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Agência EFE

PARIS - Dois dias antes de assumir a presidência francesa, Nicolas Sarkozy deixou nesta segunda-feira a liderança de seu partido conservador, a União pelo Movimento Popular (UMP), e deu continuidade aos contatos para a formação de seu Governo, buscando diálogo inclusive com sindicatos.

Diante do Conselho Nacional da UMP reunido em Paris, Sarkozy anunciou sua renúncia como presidente do partido. Ele ocupava o cargo desde novembro de 2004, o que serviu de trampolim para chegar ao Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa.

Na quarta-feira, Sarkozy assumirá a chefia de Estado da França, em um ato de transferência de poderes com seu antecessor e ex-mentor, Jacques Chirac. Este, aos 74 anos, deixa para trás 12 anos na chefia do Estado e quatro décadas na política.

Antes de se retirar, Chirac se despedirá de seus compatriotas com um discurso na próxima terça-feira à noite na televisão.

- Agora que acabo de ser eleito presidente da República e às vésperas de assumir o cargo, todos compreendem que não posso continuar como líder" da UMP - disse Sarkozy a seus correligionários.

Ele explicou que tem a "obrigação moral" de deixar a liderança da UMP porque o presidente da República deve "encarnar a autoridade do Estado e falar por todos os franceses". Segundo ele, ninguém deve "duvidar de sua imparcialidade".

A liderança da UMP passará de forma interina às mãos do vice-presidente do partido, Jean-Claude Gaudin, do secretário-geral, Pierre Méhaignerie, e do braço direito de Sarkozy, Brice Hortefeux.