Agência EFE
CHINA - A China ordenou uma inspeção geral do setor alimentício, após comprovar que duas empresas do país exportaram ilegalmente glúten de trigo e proteína de arroz contaminados com melamina que causaram a morte de animais de estimação nos Estados Unidos, informou nesta quinta o jornal "China Daily".
Segundo uma circular do Conselho de Estado (Executivo), a inspeção controlará os aditivos das comidas para animais, assim como os adubos e pesticidas utilizados nos cultivos.
A Adiminsitração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) responsabilizou as companhias Xuzhou Anying Biologic, Technology Development, e Binzhou Futain Biology Technology pela contaminação das rações. Seus diretores foram detidos.
A melamina é um produto químico utilizado na fabricação de produtos como colas, resinas e adubos. Não tem valor nutritivo, mas acrescentada aos alimentos eleva seu conteúdo protéico. Segundo a FDA, ela não apresenta risco para os seres humanos, mas para os animais o seu consumo pode causar inclusive a morte.
Washington pode proibir as importações de glúten de trigo e proteína de arroz, segundo a imprensa chinesa.
Além disso, diz o "Diário do Povo", vários estados dos EUA proibiram a importação de bagres chineses devido à presença de um antibiótico potencialmente perigoso e proibido pela FDA, e que na China é legal.
Para tentar melhorar a segurança do setor, o Governo chinês está preparando várias emendas à Lei de Segurança Alimentícia, segundo diz nesta quinta-feira a agência de notícias "Xinhua".