Agência EFE
VIENA - O filósofo, psicólogo, sociólogo e escritor austríaco Paul Watzlawick morreu aos 85 anos de idade em Palo Alto, no Estado americano da Califórnia, informou nesta segunda-feira uma agência de seu país natal.
Watzlawick estava sofrendo há algum tempo com uma grave doença e morreu em sua casa no último fim de semana, disse à agência 'APA' uma porta-voz do Instituto de Pesquisa Mental de Palo Alto, onde o estudioso trabalhou entre 1960 e 2006.
Ele nasceu no dia 25 de julho de 1921 em Villach, no Estado federado de Carintia, estudou filosofia e línguas modernas na Universidade de Veneza (Itália), onde se graduou em 1949.
Posteriormente, se formou como psicoterapeuta e psicanalista no Instituto C.G.Jung de Zurique (Suíça), e entre 1957 e 1960 foi docente na Universidade de San Salvador.
Em 1960 se radicou em Palo Alto e empreendeu seu trabalho no Instituto de Pesquisa Mental, onde desenvolveu sua teoria da comunicação humana.
A partir de 1967 também foi professor da Universidade de Stanford (EUA).
Autor de vários livros traduzidos para dezenas de idiomas, recebeu vários prêmios. Já na Áustria - onde foi agraciado com o prêmio de Honra 2001 do Fundo Viktor Frankl da Cidade de Viena - existe uma distinção com seu nome que tem o objetivo de fomentar a pesquisa no setor da comunicação.
Junto com Janet H. Bevin e Don D. Jackson escreveu 'Pragmática da Comunicação Humana', que, publicado em 1969, é considerada sua obra fundamental.
Watzlawick também ganhou fama com 'Sempre pode Piorar ou A Arte de Ser Infeliz', publicado em 1983 e que entrou nas listas de livros mais vendidos de vários países.
Como psicoterapeuta, Watzlawick foi representante da escola da psicologia humanista, centrada na comunicação e na interconexão humana.