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Negociações com Coréia do Norte são suspensas

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REUTERS

PEQUIM - As negociações sobre o programa nuclear da Coréia do Norte foram suspensas nesta quinta-feira após quatro dias, e os enviados norte-coreano e russo deixaram os debates em direção ao aeroporto depois do fracasso do encontro.

Desde o início das reuniões, na segunda-feira, a Coréia do Norte evitou debater o acordo fechado em fevereiro para fechar seu principal reator nuclear até meados de abril. O país exigiu primeiro a transferência dos 25 milhões de dólares congelados em um banco de Macau para uma instituição de Pequim.

O enviado norte-coreano, Kim Kye-gwan, não falou com repórteres no aeroporto, mas uma fonte do governo da Coréia da Norte em Pequim afirmou: 'Nossa delegação foi embora porque não houve progresso sobre a prometida transferência de fundos.'

Exasperado, o enviado norte-americano, Christopher Hill, disse que o atraso na transferência do dinheiro do Banco Delta Asia (BDA), de Macau, para uma conta norte-coreana no Banco da China seria resolvido rapidamente.

'O dia em que eu puder explicar o raciocínio norte-corenao provavelmente será o dia em que já estarei neste processo por muito tempo', disse ele a repórteres ao partir para um encontro com o representante chinês, Wu Dawei.

Um comunicado divulgado pela China, que sedia as negociações que também reúnem as duas Coréias, os Estados Unidos, o Japão e a Rússia, disse que os seis países apenas concordaram em se reunir de novo.

'As partes concordaram em dar uma pausa e vão retomar as negociações na oportunidade mais próxima para continuar a discutir e formular um plano de ação para a próxima fase', disse o comunicado.

Diplomatas demonstraram frustração. 'É realmente um desperdício, principalmente porque todos estão reunidos', disse em Tóquio o secretário de gabinete do Japão, Yasuhisa Shiozaki.

O enviado russo, Alexander Losyukov, também foi para o aeroporto e afirmou que o Banco da China recusou-se a aceitar a transferência e uma fonte diplomática disse que a China não quer participar do envio de 'dinheiro sujo' de volta para a Coréia do Norte.