Agência EFE
JERUSALÉM - O ministro de Finanças de Israel, Abraham Hirchson, está sendo investigado sob a suspeita de ter desviado dinheiro do Sindicato de Empregados do Estado, que ele presidiu anos atrás, segundo fontes policiais.
A Polícia quer saber se Hirchson usou 5,65 milhões de shekel (US$ 1,2 milhão) de uma organização sem fins lucrativos, a Nili, associada à Confederação dos Trabalhadores (Histadrut), para financiar atividades do partido direitista Likud, ao qual era filiado antes de passar para o Kadima.
Um dos indícios de desfalque, segundo as fontes, é a detenção do ministro com US$ 250 mil em sua bagagem, há alguns anos, no aeroporto de Varsóvia. Ele tinha ido à Polônia para organizar uma manifestação anual de estudantes israelenses nos antigos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau.
Hirchson, muito próximo ao primeiro-ministro, Ehud Olmert, também está sob investigação policial por um suposto caso de suborno. Ele foi interrogado ontem durante sete horas.
Personalidades do Kadima, citadas hoje pela imprensa local, afirmaram que Hirchson ficaria preso até o fim da investigação, se não gozasse de imunidade como ministro de Estado.
"Já respondi às perguntas da Polícia e continuo à frente do Ministério', disse, ao fim do interrogatório.
O caso envolve também o vice-prefeito da cidade de Ramat Gan, Ovadia Cohen, que foi presidente da organização Nili entre os anos 2000 e 2003. Ele confessou ter fraudado a organização, também desviando mais de US$ 1 milhão, para ajudar um irmão a pagar dívidas.