Agência EFE
SANTIAGO DO CHILE - O general reformado Manuel Contreras, ex-chefe da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a Polícia secreta da ditadura chilena, foi condenado nesta quarta-feira a 10 anos de prisão, pelo seqüestro e o desaparecimento de três militantes comunistas em 1976, informaram fontes judiciais.
Com essa decisão judicial, o ex-chefe da Dina acumula 129 anos de prisão por sentenças que o envolvem em casos de violações aos direitos humanos.
A condenação foi emitida pelo juiz Juan Eduardo Fontes, que também sentenciou a cinco anos de prisão, pelo mesmo delito, o coronel da reserva do Exército Carlos López Taipa.
Os dois militares foram condenados pelo seqüestro e posterior desaparecimento do encarregado de cultura da Federação do Metal, Darío Miranda Godoy, de 22 anos; do músico Jorge Solovera, de 27, e do operário Enrique Jeria, de 37, detidos entre julho e agosto de 1976.
A decisão judicial do magistrado estabelece que as vítimas foram detidas por integrantes da Dina, e transferidas ao centro de torturas e reclusão da Vila Grimaldi, onde desapareceram.
Durante o regime do ex-ditador Augusto Pinochet (1973-1990), morreram no Chile mais de 3 mil pessoas, das quais mais de 1.200 são detidos desaparecidos.