ASSINE
search button

Mercosul se propõe a fortalecer combate ao tabagismo

Compartilhar

EFE

BRASÍLIA - Os países do Mercosul se propõem a definir estratégias e unir esforços para reforçar o combate ao tabagismo, através da diminuição das campanhas publicitárias de tabaco e de espaços 'livres de fumantes', como já foi feito no Brasil.

Essa foi uma das principais conclusões de uma reunião entre os ministros da área de Saúde de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, realizada hoje, em Brasília, da qual participaram ainda representantes de Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia, países associados ao bloco regional.

As políticas de combate ao tabagismo que podem ser aplicadas nos países do Mercosul estão contidas na Convenção 4 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi ratificada por 168 países. A Argentina foi a única integrante do bloco a não aderir ao acordo.

Segundo um acordo firmado nesta quarta-feira, o Mercosul solicitará à OMS sua inclusão como observador em todos os debates ocorridos no organismo sobre o combate ao tabagismo.

O ministro da Saúde Agenor Alvares disse que também serão acompanhados os trabalhos de harmonização de políticas de saúde para o Mercosul e a articulação de estratégias comuns para o combate de diversas pandemias, como poderia ser o caso da gripe aviária, que ainda não foi registrada na região.

Durante a reunião, também se decidiu fortalecer a cooperação em matéria de luta contra a Aids, na qual o Brasil é considerado pelas Nações Unidas um exemplo que dever ser seguido, tanto no mundo em desenvolvimento como nos países mais ricos.

Alvares disse que o Brasil pôs à disposição de todo o Mercosul sua experiência, que também ajuda a outras regiões do mundo, como o continente africano.

Outros pontos tratados durante a reunião se referiram à adoção de políticas comuns para doação e transplantes de órgãos, assim como a futura criação de um sistema de saúde fronteiriça, que atenda às povoações das zonas limítrofes.

Os representantes do Mercosul também discutiram as propostas que o bloco apresentará para a nova redação do Regulamento de Saúde Internacional, um documento da OMS que conterá um conjunto de normas para o combate de diversas doenças, como a febre amarela e o cólera.