EFE
JERUSALÉM - O Exército israelense criará um grupo antiguerrilha de mulheres ao estilo do Hisbolá com o objetivo de treinar suas forças após o fracasso no recente conflito no Líbano, na qual não puderam superar a milícia islâmica.
O grupo será composto por um batalhão de mulheres que agora se dedicam ao treinamento de forças de combate na base militar de Tzeelim, no sul de Israel, e que será readaptado à guerra de guerrilhas, informa o diário 'Maariv'.
A iniciativa responde a uma das conclusões do conflito no Líbano - entre julho e agosto -, na qual as tropas israelenses demonstraram não estar capacitadas para combater corpo a corpo uma guerrilha.
As mulheres-soldado do novo batalhão, que terão uniformes camuflados, deverão passar por um curso especializado em guerra de guerrilhas, aprenderão as técnicas de combate do Hisbolá - entre elas, o disparo de foguetes antitanque -, e a permanecer e combater em campo aberto durante horas e dias.
Segundo o diário, será uma unidade completamente operacional, com a única diferença que em suas manobras com as forças de combate se empregarão armas laser.
O Exército israelense criou 60 comissões para estudar os erros no conflito, e entre as conclusões dos diferentes relatórios se menciona que as forças de reservistas não estavam preparadas para o combate por falta de treino.
Por isso, a partir de 2007, os reservistas, soldados e suboficiais do Exército em Israel terão que servir e treinar durante 80 dias ao ano, frente aos 95 dias que deverão fazê-lo os oficiais.
Em 2007, segundo o jornal 'Yedioth Ahronoth', serão mobilizados para os treinamentos todos os reservistas que servem nas unidades de combate, sem exceções, o que significará um aumento de 30 a 40 % dos dias de serviço para eles.