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Forças da ONU descobrem depósito de armas do Hezbollah no Líbano

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EFE

JERUSALÉM - Efetivos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) descobriram e destruíram um depósito de mísseis e munição da milícia islâmica Hezbollah no Sul do país, graças a informações fornecidas por Israel, segundo o jornal Ha'aretz.

Participaram da operação soldados espanhóis, belgas e franceses que prestam serviços à Finul, criada em 1978 e ampliada após a ofensiva israelense de julho e agosto contra o Hezbollah, conforme o disposto pela resolução 1701 do Conselho de Segurança, que impôs um cessar-fogo entre as duas partes.

Segundo o jornal israelense, os milicianos estão armazenando milhares de foguetes Katyusha nas grandes aldeias do distrito de Tiro. Durante o conflito, o Hezbollah disparou cerca de 4.000 destes mísseis contra localidades do norte de Israel.

Os militares consideraram a operação dos soldados da Finul "positiva", porque os milicianos - proibidos de operar no Sul do Líbano e ao longo da fronteira entre os dois países pela resolução 1701 - estão reabilitando as posições, como seus abrigos subterrâneos, destruídos durante o conflito.

O comandante das Forças Armadas israelenses, general Dan Halutz, revelou na terça-feira na Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança e do Exterior que os milicianos libaneses continuam recebendo armas e munição contrabandeadas do Irã e da Síria.

Quanto às violações do espaço aéreo libanês com seus aviões não pilotados, o que constitui uma violação da resolução 1701, Israel explicou aos países que têm efetivos na Finul e aos Estados Unidos que estes vôos são necessários para se obter informação, sobretudo para detectar o contrabando de armas e novos mísseis para o Hezbollah.

Alguns desses países aceitaram a explicação, mas outros propõem que os vôos de reconhecimento sejam feitos por pilotos americanos, franceses ou alemães.

Oficiais da Força Aérea israelense e de um comitê do Ministério da Justiça decidiram criar um organismo para coordenar os vôos com a Finul, segundo o Ha'aretz.

Para evitar incidentes, as autoridades israelenses se comprometeram a informar à força internacional sobre os vôos de reconhecimento e os destinados ao treinamento de seus pilotos fora do espaço de sua jurisdição no Mediterrâneo ou perto de corredores aéreos que levam ao Líbano, ou os que saem do país.

Além disso, Israel prometeu não fazer "vôos provocativos" sobre cidades e áreas libanesas onde há soldados da Finul.