EFE
ABUJA - O presidente da Bolívia, Evo Morales, reafirmou nesta quarta-feira seu compromisso de 'defender aos pobres' de seu país e criticou a 'resistência de algumas máfias e de algumas bolivianas'
que organizam protestos 'para defender seus privilégios'.
Morales falou à imprensa ao chegar à capital nigeriana para participar da Cúpula entre América do Sul e África.
- Não posso entender que algumas famílias entrem em greve de fome para defender seus privilégios. Ainda haverá resistência de algumas máfias, de famílias bolivianas que têm vivido às custas do Estado e do povo - afirmou Morales.
O governante chegou à Nigéria horas depois de o Senado boliviano aprovar uma lei de reforma agrária que prevê a desapropriação de terras que o Governo considere 'ociosas'. Segundo Morales, a medida significa 'o fim do latifúndio'.
A reforma, segundo Morales, tem quatro objetivos: redistribuir as terras, mecanizar a produção agrícola, criar 'um tratado de comércio dos povos em vez do tratado de livre-comércio' e incentivar a agricultura de produtos orgânicos.
Ele insistiu em que conta com o apoio dos camponeses contra quem só quer defender privilégios.
- A grande vantagem é que nós estamos com a maioria - afirmou, citando a manifestação de indígenas e camponeses das últimas horas na Bolívia.
As leis que passaram pelo Senado incluem a aprovação de 44 contratos com a Petrobras e outras empresas, que consolidam a nacionalização dos hidrocarbonetos.
- O petróleo e o gás devem ser do Estado e do povo - disse Morales.