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Bush: 'Aliados devem ajudar em caso de ataque no Afeganistão'

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EFE

RIGA - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta terça-feira que todos os aliados têm a obrigação de ajudar os demais em caso de um ataque no Afeganistão, em aplicação do princípio sobre o qual foi fundada a Otan.

- A Aliança foi fundada sobre um claro princípio, de que um ataque contra um país membro é um ataque contra todos - disse Bush em discurso realizado na Universidade de Riga, antes do início da cúpula da Otan.

- Esse princípio vale tanto para ataques realizados contra nossos territórios, como contra nossas forças postadas em missões no exterior - acrescentou Bush, em alusão às restrições nacionais que impedem que algumas forças aliadas operem de modo flexível no Afeganistão.

Segundo Bush, "para que a Otan possa ter êxito no Afeganistão, os comandantes no terreno devem ter as forças e a flexibilidade necessárias para realizar seu trabalho".

- Hoje, o Afeganistão é a missão militar mais importante da Otan. Ao manter-nos unidos, protegeremos nossos povos, defenderemos nossa liberdade e enviaremos uma clara mensagem aos extremistas, de que as forças da liberdade prevalecerão - declarou.

A missão Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), considerada como o maior desafio da história da Otan, será o centro das atenções no jantar que contará com a presença de 26 chefes de Estado e de Governo da Aliança, em Riga.

Nos últimos dias, aumentaram as pressões para que os membros da Otan contribuam com mais forças à missão, e sobretudo para que Espanha, Alemanha, Itália e França suspendam as restrições geográficas que pesam sobre suas tropas, e que impedem que sejam utilizadas fora da zona onde estão destacadas.

Estas limitações foram muito criticadas por Reino Unido e Canadá, cujas tropas combatem os talibãs no sul, enquanto as demais se encontram em regiões mais tranquilas, como o oeste, o norte e Cabul.

A Otan disse nesta terça que ficaria satisfeita se os aliados permitissem uma maior flexibilidade de suas tropas "em caso de emergência", e tanto França como a Alemanha deram a entender que farão um gesto nesse sentido na cúpula.