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Supremo dos EUA permite investigação em telefonema de jornalistas

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EFE

WASHINGTON - A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou hoje o Governo a conferir as ligações telefônicas de dois repórteres do jornal 'The New York Times' a fim de descobrir quem vazou informações de uma investigação sobre financiamento terrorista.

O promotor Patrick Fitzgerald quer averiguar a identidade das fontes governamentais que podem ter vazado dados aos jornalistas do "Times' Judith Miller e Philip Shenon.

Fitzgerald quer descobrir como Miller e seu colega Shenon se inteiraram dos planos do Governo para investigar as instalações de duas organizações beneficentes islâmicas três meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

A operação incluía também o congelamento dos ativos das associações Holy Land Foundation e Global Relief Foundation.

Um tribunal de apelações opinou em agosto que Fitzgerald podia conferir os registros de ligações dos dois repórteres.

Fitzgerald já esteve envolvido em outro caso relacionado com a primeira emenda da Constituição, que garante o direito à liberdade de informação, e que também afetava Miller e o 'The New York Times'.

Miller passou 85 dias na prisão em 2005 por desafiar uma ordem judicial para que testemunhasse em uma investigação dirigida por Fitzgerald sobre o vazamento à imprensa do nome da ex-espiã da CIA Valerie Plame. A jornalista deixou o 'Times' há a cerca de um ano.