EFE
ROMA - O julgamento contra o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi no caso Mediaset, previsto para começar nesta segunda-feira, foi adiado por ordem do tribunal depois que o magnata da televisão italiana desmaiou neste domingo durante um discurso e teve que ser internado em observação.
É a segunda vez que o julgamento é adiado. Em 21 de novembro, os advogados de Berlusconi pediram o afastamento do presidente do tribunal, Edoardo D'Avossa, alegando que ele atuou como juiz em outros casos contra o empresário e ex-ministro.
Os juízes da primeira seção penal do tribunal de Milão determinaram nesta segunda-feira que o início das audiências será na próxima sexta-feira, dia 1º.
- Considerando as notícias da imprensa e da televisão, que mostram de forma evidente a necessidade do adiamento, adiamos o julgamento para a próxima sexta-feira, disse o juiz D'Avossa.
Neste domingo, em um discurso em Montecatini, no leste do país, o líder da oposição conservadora passou mal e desmaiou. O pronunciamento estava sendo transmitido ao vivo por alguns canais de televisão.
Berlusconi foi internado no hospital São Rafael de Milão, onde ficou em observação depois que um eletrocardiograma revelou uma leve arritmia cardíaca. Segundo a imprensa local, o ex-primeiro-ministro passou uma noite tranqüila.
O proprietário do grupo Mediaset passará por exames clínicos e deve receber alta ainda hoje.
O presidente da corte de Milão, Giuseppe Tarantola, rejeitou o pedido feito pelos advogados de Berlusconi e manteve o juiz D'Avossa no tribunal.
A Procuradoria de Milão acusa Berlusconi, o presidente do Mediaset, Fedele Confaloniere, e outras nove pessoas de fraude fiscal, falsificação de balanço e apropriação indébita nas operações de compra e venda dos direitos de transmissão de filmes americanos pelo grupo televisivo