EFE
JACARTA - Pelo menos 250 mil pessoas da ilha de Java, na Indonésia, ainda não têm onde se abrigar, seis meses após perderem suas casas devido a um terremoto e diante da proximidade da temporada de chuvas, segundo a agência estatal de notícias 'Antara'.
A fonte, que cita ONGs e agências internacionais que trabalham na reconstrução da zona afetada, assegura que os danos do desastre, no qual cerca de 6 mil pessoas morreram, foram mal avaliados e que a ajuda recebida é insuficiente.
Aproximadamente 300 mil casas ficaram destruídas no terremoto de 6,2 graus na escala Richter que atingiu Java Central em 27 de maio deste ano, segundo números da Agência de Gestão de Desastres da Indonésia (Bakornas).
Embora tenham sido construídos alguns abrigos simples para os desabrigados, feitos de bambu, seis meses depois, segundo dados da ONU, entre 50 mil e 80 mil famílias ainda não receberam uma moradia, por isso entre 250 mil e 400 mil vítimas do terremoto vivem ao ar livre atualmente.
As ONGs e os trabalhadores humanitários temem que a iminente chegada da estação de chuvas espalhe doenças respiratórias, intestinais e dermatológicas entre os sobreviventes do terremoto.
Nas áreas rurais que cercam a cidade de Yogyakarta, próxima à localidade de Bantul, onde foi registrado o epicentro do terremoto, poucas casas foram reconstruídas nos últimos meses com meios públicos e milhares de famílias ainda estão sem teto.
A 'Antara' culpa a corrupção e a burocracia pela situação, além da decisão tomada pelas autoridades de iniciar diretamente a reconstrução dos lares sem construir antes refúgios temporários para abrigar os afetados.
A estação chuvosa na Indonésia vai de dezembro a março e a estação seca, de junho a setembro, enquanto que abril-maio e outubro-novembro são considerados períodos de transição pelas autoridades indonésias