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Suíços votam hoje contribuição aos 10 países mais novos na UE

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EFE

BERNA - Os suíços foram hoje às urnas decidir se pagam à União Européia (UE) 600 milhões de euros como contribuição à coesão econômica e social dos últimos dez países que ingressaram no bloco. A última pesquisa a respeito, publicada pelo Instituto GFS. Bern na metade de novembro, mostrou que 49% dos suíços eram a favor do pagamento, 37% eram contra e 14% estavam indecisos.

A consulta sobre as relações entre Berna e Bruxelas, a terceira em um ano e meio, se refere formalmente à aprovação da lei de cooperação com os países do Leste Europeu, aprovada pelo Parlamento suíço no começo do ano. Caso os suíços votem a favor da contribuição, que será feita ao longo de 10 anos, o dinheiro servirá para financiar uma série de projetos escolhidos pelas autoridades suíças em Malta, Polônia, Hungria, República Tcheca, Lituânia, Letônia, Eslováquia, Estônia, Eslovênia e Chipre, que aderiram à UE em maio de 2004.

Em 2003, Bruxelas pediu a Berna que contribuísse para o financiamento da ampliação comunitária a dez novos países - em sua maioria antigas nações comunistas -, assim como já fazem Noruega, Islândia e Liechtenstein, que, como a Suíça, pertencem à Associação Européia de Livre Mudança (AELM). A Noruega contribui para a coesão européia com cerca de 205 milhões de euros por ano. Até 2013, o país terá repassado a Bruxelas pouco mais de US$ 1 bilhão.

A decisão de submeter a contribuição à aprovação popular partiu da União Democrática de Centro (UDC), o partido da direita nacionalista, que, forçado por suas bases, não teve outra opção senão coletar assinaturas para um plebiscito.

A Suíça iniciou a ajuda a esses países em 1990. Desde então, já doou 3,5 bilhões de francos (2,260 bilhões de euros) para os processos democráticos e as economias dessas nações.

O 'sim' conta com o apoio do governo, de todos os setores econômicos do país e dos sindicatos, que vêem na intensificação dos laços com a UE, à qual a Suíça não pertence, uma oportunidade de ampliar suas exportações. Para Berna, a rejeição dessa lei complicaria as relações com Bruxelas, pois ambas as partes tem pendentes negociações nas áreas comercial, energética e científica.

Além de decidirem o pagamento da ajuda, os suíços decidirão também a contribuição mensal mínima que as famílias recebem por cada filho. Na proposta apresentada, a subvenção é de 200 francos (120 euros) por criança com até 16 anos e de 250 francos (150 euros) por jovem em período de formação até os 25 anos.