EFE
BOGOTÁ - O senador Miguel de La Espriella afirmou em entrevista ao jornal 'El Tiempo' que 40 congressistas colombianos foram "pressionados" a assinar "um compromisso político" com paramilitares. Espriella, do movimento Colômbia Democrática - que pertence à bancada parlamentar da base do presidente Álvaro Uribe -, disse que, em 2001, "muitos políticos" assinaram "um texto de compromisso" com paramilitares.
A divulgação do compromisso coincide com a onda de escândalos vivida na Colômbia há algumas semanas devido a informações sobre a existência de supostas conexões entre dirigentes políticos e os chefes da extrema direita armada. Entre os envolvidos "há liberais, conservadores e, inclusive, pessoas que hoje fazem parte do governo", diz o jornal.
Espriella afirmou na entrevista que "o projeto político foi aceito por quase todos os líderes", que foram "pressionados" a assinar o documento. O senador afirmou que o fenômeno dos paramilitares "cresceu igual à guerrilha em outras regiões do país".
"Eles começam a ganhar território e a trabalhar como senhores e donos. Eles são um verdadeiro Estado paralelo", disse. O parlamentar disse também que não daria os nomes de quem assinou o documento, mas afirmou que suas identidades "serão reveladas nesta investigação que está sendo feita pela Procuradoria e pela Corte Suprema".