EFE
LIMA - O líder nacionalista peruano Ollanta Humala afirmou hoje que o ex-Presidente Alberto Fujimori (1990-2000), que está em processo de extradição no Chile, "deve retornar algemado" ao Peru, segundo a agência estatal "Andina".
O ex-comandante Humala disse que "se procura politizar" a extradição de Fujimori para "fazer os peruanos esquecerem que é acusado de atos flagrantes de corrupção".
- Fujimori e Vladimiro Montesinos cometeram uma série de delitos, mas os representantes do 'fujimorismo', que têm espaços importantes no Parlamento, tentam mostrá-lo como uma pessoa honrada que foi enganada por seu ex-assessor - afirmou.
Do Chile, Fujimori dirige um grupo de 13 parlamentares liderado por sua filha mais velha, Keiko Sofia Fujimori; seu irmão, Santiago Fujimori; seu advogado, Rolando Souza; seu assessor de imprensa, Carlos Raffo e ex-ministros de seu regime, entre outros.
O dirigente nacionalista questionou o fato de terem sido concedidos importantes espaços ao 'fujimorismo' no Parlamento peruano, como a Presidência da Comissão de Relações Exteriores, já que, segundo ele, isto permite a seus seguidores 'levar adiante uma campanha a favor de Fujimori'.
Humala, de 43 anos, qualificou de "suspeita" a forma como se subvenciona a estada de Fujimori no Chile, porque, segundo ele, tem um histórico de atos de corrupção pelo qual é processado pela Justiça peruana.
- Não esqueçamos a acusação em relação às despesas pela educação dos filhos de Fujimori que nunca foram explicadas - enfatizou Humala, referindo-se às denúncias que estão em poder da Justiça sobre a educação no exterior de seus filhos Keiko.