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Violência mata cinco na Tailândia; rebeldes rejeitam diálogo

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EFE

BANGCOC - Pelo menos cinco pessoas morreram episódios de violência na região muçulmana do sul da Tailândia, onde os rebeldes separatistas rejeitaram a oferta do Governo de negociar a paz, disseram nesta sexta-feira fontes oficiais.

Dois dos assassinatos ocorreram nas províncias de Narathiwat e Pattani, onde supostos rebeldes atiraram nesta sexta-feira em dois homens, um deles de 48 anos.

Também em Pattani, os insurgentes mataram nesta quinta-feira um mestre budista de 40 anos e um muçulmano. Já na vizinha Yala, um jovem de 25 anos foi morto a tiros.

A espiral de violência coincide com as declarações do ministro da Defesa, o general Boonrawd Somtas, que hoje informou aos meios de comunicação que os grupos separatistas armados rejeitaram uma proposta de negociação.

No entanto, o ministro disse que o Governo só entrou em contato com militantes islâmicos de baixo nível, devido à dificuldade de identificar os principais líderes rebeldes.

O atual Governo militar lançou a oferta de paz após o golpe de Estado que derrubou o então primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, que, segundo os analistas, avivou ainda mais o conflito apostando exclusivamente em soluções militares.

A violência nas províncias muçulmanas de Pattani, Yala e Narathiwat, que fizeram parte do antigo sultanato independente de Pattani, ressurgiu em janeiro de 2004, quando o movimento separatista islâmico retomou a luta armada após um período de inatividade.

O conflito, que tem suas raízes na discriminação dos muçulmanos do sul, minoria num país de religião budista, já causou 1.700 mortes desde então