AFP
LA PAZ - A Câmara dos Deputados, de maioria governista, aprovou nesta sexta-feira os 44 contratos petroleiros assinados em 28 de outubro pelo governo do presidente Evo Morales e dez transnacionais, de acordo com a nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos.
A oposição não acompanhou a sessão, em rejeição às políticas do oficialista Movimento Ao Socialismo (MAS) na Assembléia Constituinte e em oposição às reformas na lei de terras, promovidas pelo presidente.
A Câmara Baixa, na qual o MAS (partido de Morales) tem 72 de 130 cadeiras, expediu sem observações os contratos que devem ser tratados, em sua fase de revisão em segunda instância pelo Senado.
A Câmara Alta foi esvaziada esta semana pelo grupo da oposição Podemos, ligado ao ex-presidente conservador Jorge Quiroga, que ordenou a retirada de sua bancada de 13 representantes (de um total de 27 senadores), em repúdio às imposições do MAS na Constituinte.
Para sua entrada em vigor, os contratos petroleiros precisam ser ratificados pelas duas Casas.
Morales expressou sua conformidade "com nossa Câmara dos Deputados" por apoiar sua política de hidrocarbonetos, em discurso nas sacadas do Palácio Quemado, de La Paz.