EFE
BRUXELAS - O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, reconheceu nesta sexta-feria que a Aliança ainda não conta com os efetivos necessários (25 mil) para declarar sua Força de Elite de Resposta Rápida (NRF) plenamente operacional na cúpula de Riga da próxima semana.
- Sinceramente, espero que em Riga declaremos a NRF plenamente operacional, mas embora estejamos perto, neste momento ainda não estamos totalmente lá - disse o dirigente.
O chefe militar da Otan na Europa, o general James L. Jones, terá que decidir até a cúpula de 28 e 29 de novembro se possui efetivos suficientes para que a NRF realize as missões para as quais foi criada em 2002 e que vão desde as humanitárias até as de combate.
A NRF é o motor da transformação da Aliança, de uma organização de segurança coletiva estática, para uma mais ágil e flexível, com operações em lugares afastados de seu centro de influência tradicional euro-atlântico, como a atual missão no Afeganistão.
Esta força de 25 mil efetivos, que tem componentes naval, terrestre e aéreo, e cujo comando é rotativo a cada seis meses, deve poder se posicionar em um prazo de cinco dias e sobreviver sem receber provisões durante 30.
Em Riga, os chefes de Estado e Governo da Otan debaterão a proposta de De Hoop Scheffer para incluir as despesas de transporte aéreo estratégico das tropas e equipes da NRF no financiamento comum da Aliança.
A medida será mantida por dois anos para ver se mais nações - principalmente as menores - se animam em participar desta força de elite, na qual por enquanto rege a filosofia aliada, que diz que cada participante paga suas despesas.