ASSINE
search button

Alemanha promete ajuda civil em vez de militar ao Afeganistão

Compartilhar

EFE

BERLIM - A Alemanha não enviará ao sul do Afeganistão uma parte dos soldados que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pede à comunidade internacional, mas estenderá sua cooperação civil - que agora se concentra no norte do país - a Kandahar, último reduto dos Talibãs no país.

Segundo o porta-voz do Governo alemão, Ulrich Wilhelm, o Executivo federal aprovou em um conselho de ministros a construção de uma estrada de 4,5 quilômetros em Kandahar, onde se concentram as operações da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf, em inglês) e das forças americanas.

O projeto, avaliado em 1 milhão de euros, será realizado pela Cooperação Técnica Alemã (GTZ) e faz parte de um plano de melhora da infra-estrutura civil no sul do país, para que os benefícios da presença internacional na região sejam visíveis.

A estrada, que deverá estar pronta em três meses, avançará cerca de 15 quilômetros ao oeste da cidade de Kandahar e se ligará do distrito de Panjwaii à via rápida que conecta Cabul e Herat.

A decisão da Alemanha de reforçar sua ajuda civil no Afeganistão ocorre pouco antes da cúpula da Otan em Riga. No entanto, segundo os porta-vozes governamentais, a decisão não é fruto da pressão que a Aliança faz sobre seus membros para que estes enviem reforços ao sul do país.

O peso da Isaf na conflituosa província de Kandahar, operação sob comando aliado, recai sobre os britânicos, holandeses, canadenses, portugueses e americanos.

Segundo o comandante das forças americanas na Europa, general James L. Jones, ainda faltam 2.500 soldados no sul do país.

Muitos países aliados, implicados em operações militares diferentes no exterior - como no Iraque, em Kosovo, na República Democrática do Congo e no Líbano -, já têm muitos homens mobilizados e, por esse motivo, as ofertas feitas a Riga foram pequenas.

A Alemanha, com 2.700 homens no norte do Afeganistão, deixou claro na conferência de embaixadores da Otan, realizada na última semana, que não aumentará o número de suas tropas, o que requereria, além disso, aprovação parlamentar