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Conservadores franceses buscam consenso para presidenciável

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EFE

PARIS - A direção da União para um Movimento Popular (UMP), no Governo na França, decidiu ampliar o prazo para a apresentação de candidaturas às eleições presidenciais de 2007, numa tentativa de acalmar os ânimos e dar unidade ao partido.

Os dirigentes resolveram que o prazo começa nesta quinta-feira e vai até 31 de dezembro. Assim, o candidato do partido conservador será escolhido em 14 de janeiro. Originalmente, o limite para registrar as candidaturas seria no início de dezembro.

A questão tem causado divergências na UMP. O grupo do presidente do partido e ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, não se entende com o do presidente francês, Jacques Chirac.

Sarkozy, que controla o partido, é o favorito, mas enfrenta as reservas do setor 'chiraquiano'. Uma dos representantes da facção é a ministra da Defesa, Michèle Alliot-Marie. Nos últimos dias, ela tem falado abertamente de suas diferenças com Sarkozy, deixando 'a porta aberta' para a possibilidade de se candidatar.

O presidente Jacques Chirac joga com o silêncio. Ele afirma que, até o primeiro trimestre de 2007, não decidirá se concorre às eleições de abril, já não depende do apoio do partido para disputar a reeleição.

A idéia de que as eleições presidenciais são 'um encontro entre um homem e seu povo', nas palavras do general Charles de Gaulle (1890-1970), serve de fundamento aos 'chiraquianos' para defender a possibilidade de candidaturas fora da UMP, que incomoda Sarkozy.

O primeiro-ministro, Dominique de Villepin, declarou oficialmente que não pretende se candidatar. Mas também é um estreito colaborador de Chirac e, com freqüência, critica Sarkozy.

Nos últimos dias, parlamentares da UMP têm defendido um esforço para unir o partido.

O Partido Socialista encerrou na semana passada o seu processo de escolha, com a vitória de Ségolène Royal, que saiu fortalecida das prévias. Mas a UMP teme que o desgaste das divergências internas possa reduzir as possibilidades de seu candidato.