HAVANA - O opositor cubano Camilo Cairo Falcón pediu asilo político na base naval americana de Guantánamo, no Sudeste de Cuba, onde está desde o dia 20 de setembro, informaram alguns de seus familiares. A mãe de Cairo Falcón, Mireya Falcón, disse que seu filho se jogou ao mar em uma balsa em setembro e que após ser recolhido pela guarda-costeira americana foi levado à instalação militar, onde pediu asilo.
- Não pude falar com ele, não sei como está - declarou a mãe do dissidente.
Segundo Falcón, seu filho foi detido nos incidentes de 13 de julho de 2005, junto com vários opositores - sendo que deles ainda há cinco na prisão - após uma manifestação realizada pelo naufrágio de um rebocador no qual 37 pessoas morreram em 1994.
Ela afirmou que ele foi agredido e ficou oito meses internado em um hospital, mas acabou perdendo a audição de um ouvido e ficando com várias costelas fraturadas.
Fontes do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA) evitaram confirmar se Cairo Falcón está na base naval.
Cairo Falcón é membro do Partido Pró-Direitos Humanos de Cuba e filho do coronel da segurança do Estado José Cairo.