CIDADE DO VATICANO - Um estudo encomendado pelo papa Bento 16 sobre o uso de preservativos para combater a Aids superou seu primeiro entrave e agora está sendo revisado por teólogos importantes, podendo ser usado num documento papal, disse nesta terça-feira o cardeal Javier Lozano Barragan, chefe do Conselho Pontifício do Vaticano para a Pastoral da Saúde.
- Isso é uma coisa que preocupa muito o papa - disse o cardeal. A Igreja Católica é contra o uso de preservativos e ensina que a fidelidade ao casamento heterossexual, a castidade e a abstinência são as melhores armas para combater a disseminação da Aids.
A Igreja alega que promover o uso de preservativos estimula um estilo de vida imoral e hedonista, um comportamento que só contribuirá para a disseminação da doença. Para a Igreja, os atos homossexuais também são pecado.
- Seguindo os desejos de Bento 16, realizamos um estudo cuidadoso sobre preservativos, tanto do ponto de vista científico como moral - disse Barragan numa entrevista coletiva.
O cardeal deu as declarações no mesmo dia em que um relatório da ONU revelou que as infecções pelo HIV estão aumentando em todas as regiões e que há quase 40 milhões de adultos infectados pelo vírus no mundo todo. (Reuters)