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Brasil e Bélgica ainda acreditam na Rodada de Doha

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EFE

BRASÍLIA - O Brasil e a Bélgica ainda acreditam que as negociações da Rodada de Doha irão levar a um acordo benéfico para as nações ricas e para o mundo em desenvolvimento, disseram hoje os ministros de Relações Exteriores de ambos os países.

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que é 'otimista por natureza' mas que, além disso, percebeu que existe 'vontade política' para encerrar as negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC), interrompidas desde meados de 2006.

Ele afirmou que amanhã espera voltar a conversar sobre o assunto com o secretário-geral da OMC, Pascal Lamy, com quem se encontrará em Montevidéu nas comemorações do vigésimo aniversário da rodada do Uruguai do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).

Segundo Amorim, passadas as eleições parlamentares nos Estados Unidos, o caminho pode ficar mais livre para uma negociação do assunto dos subsídios agrícolas nas nações mais ricas, cuja eliminação é exigida pelas nações mais pobres.

A falta de entendimento neste quesito foi um dos fatores determinantes para a paralisação da Rodada de Doha, que na opinião do ministro de Exteriores da Bélgica, Karel de Gucht, ainda 'não deve se dar por perdida'.

Em entrevista coletiva junto com Amorim, o ministro belga declarou que também está 'otimista' e que se 'contagia' com a visão do Brasil, país que considera 'um dos atores principais' das negociações.

- Caso o Brasil diga que quer concluir (as negociações) e acredite que isto é possível, devemos estar otimistas - declarou.