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Há 25 anos morria Diana, a princesa de Gales

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Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 31/08/2022 às 08:57

Alterado em 31/08/2022 às 08:58

Fãs de Diana colocam cartazes nas grades de Kensington Palace, Londres Foto: Tolga Akmen/Epa

Carla Quirino RTP - A morte trágica de Diana aconteceu há 25 anos num acidente de automóvel em Paris. Depois de se casar com o príncipe Charles, Diana tornou-se num ícone cultural e aproveitou ser uma celebridade da realeza inglesa para dedicar a vida a causas solidárias. Ficou conhecida por "Princesa do Povo".

Diana Frances Spencer nasceu a 1 de julho de 1961 em Norfolk.

Em 29 de julho de 1981, casou com Charles, príncipe de Gales, herdeiro do trono inglês e tornou-se na Princesa Diana.

A cerimónia foi transmitida para o mundo inteiro e garantiu uma audiência de centenas de milhões.

Foi mãe de dois meninos, príncipe William, duque de Cambridge, nascido em 1982, e dois anos depois, do príncipe Henry, conhecido por "Harry".

A beleza e o comportamento tímido de Diana conquistaram os corações da população por todo o mundo. Rapidamente tornou-se num ícone de elegância e de charme, e usou sua fama para aumentar a conscientização sobre inúmeras causas solidárias.

As dificuldades conjugais foram-se revelando entre a princesa e o príncipe, surgindo recriminações mútuas, biografias reveladoras e admissões de infidelidade de ambos os lados. O casal real acabou por se separar formalmente em 1992.

O livro de Andrew Morton, "Diana: Her True Story" (1992) e uma entrevista de televisão (1995) da princesa contando as pressões que viveu, abalaram as relações com a rainha Elizabeth.

Em 1996, o acordo do divórcio deixou Diana sem o título de Sua Alteza Real, mas com conforto financeiro.

 

'A princesa do Povo'

Diana manteve um alto perfil público, criando tendências de moda, tornando-se na mulher mais fotografada do mundo.

Continuou com muitas das atividades que havia realizado anteriormente em nome de instituições de solidariedade social, apoiando causas tão diversas quanto as artes, questões infantis e doentes de Aids. A imagem de Diana apertando a mão de um paciente infectado, para dissipar o mito de que a doença poderia ser transmitida pelo toque, encheu páginas de jornais. Lady Di também participou de campanhas para banir as minas terrestres.

Para garantir que William e Harry tivessem "uma compreensão das emoções das pessoas, das inseguranças, das angústia, das esperanças e sonhos", palavras dela, Diana levou os filhos a visitar hospitais, abrigos e orfanatos. Para familiarizá-los com o mundo fora do privilégio real, Diana fez questão de levar os filhos a restaurantes de fast food e a viajar em transportes públicos.

A compaixão e cordialidade pessoal, a humildade e proximidade renderam-lhe o apelido, nas palavras do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e da opinião pública, de "Princesa do Povo".

 

A morte em Paris

Com uma popularidade internacional sem precedentes, Diana era seguida, a toda a hora, por paparazzis.

Na noite de 30 para 31 de agosto de 1997, a Princesa do Povo seguia num carro em alta velocidade, acompanhada por Dodi Fayed, que muito diziam ser seu namorado, e o motorista Henri Paul. Na tentativa de fugir da perseguição dos fotógrafos, o condutor perdeu o controle do carro e bateu contra a parede de um túnel de Paris, perto do rio Sena.

Fayed e Paul foram declarados mortos ainda no local, Diana acabou por falecer já no hospital. Das diversas investigações, apuraram-se duas responsabilidades no acidente: Paul tinha um nível de álcool no sangue acima do permitido e conduzia bêbado, e as ações dos paparazzis na época imprimiram maior risco na condução automóvel.

O choque e o luto estenderam-se globalmente, produzindo grande pressão na família real. Pela primeira vez, a monarquia inglesa rompeu com a tradição e organizou um funeral real transmitido para todo o mundo.

Tornaram-se icónicas as imagens do príncipe William, então com 15 anos, e do príncipe Harry, com 12 anos, caminhando solenemente com o pai, atrás do caixão de Diana, no cortejo fúnebre.

Durante as cerimónias, Sir Elton John apresentou uma versão do seu clássica "Candle in the Wind" (originalmente escrito sobre a atriz Marilyn Monroe). A gravação dessa música tornou-se o "single pop" mais vendido até hoje, onde a barreira dos 30 milhões de cópias foi ultrapassada.

"No 25º aniversário da morte da minha mãe, ela certamente nunca será esquecida. Eu quero que seja um dia cheio de memórias do seu trabalho incrível e amor pela maneira como ela o fez" declarou o filho Harry.

A vida e morte da Princesa continuam a inspirar filmes e séries de televisão. Diana tinha 36 anos.

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