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Suécia e Finlândia enviarão candidaturas à Otan nessa quarta

Países nórdicos abandonaram histórica política de neutralidade

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 17/05/2022 às 14:36

Alterado em 17/05/2022 às 14:39

O presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, em coletiva conjunta em Estocolmo Foto: Epa

Os governos de Finlândia e Suécia entregarão suas candidaturas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nessa quarta-feira (18), em Bruxelas, sede da aliança militar ocidental.

"Estou feliz por termos seguido o mesmo caminho e por podermos fazê-lo juntos", disse a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, em Estocolmo.

O anúncio chega poucas horas depois de o governo sueco ter formalizado seu pedido de adesão e de o Parlamento finlandês ter aprovado a candidatura do país a integrante da Otan por um placar avassalador de 188 a 8.

Os dois países escandinavos abandonaram sua histórica condição de neutralidade militar entre o Ocidente e a Rússia após a invasão à Ucrânia, iniciada pelas tropas de Moscou em 24 de fevereiro.

A guerra movida pelo regime de Vladimir Putin levantou temores de ataques contra outros países europeus que hoje não fazem parte da Otan, como é o caso da própria Ucrânia.

A expectativa é de que o processo de adesão dure menos de um ano, mas Finlândia e Suécia vão precisar do apoio de todos os Estados-membros da aliança militar.

Até o momento, a Turquia é a única a se opor publicamente à entrada dos dois países na Otan, acusando ambos de dar refúgio a supostos "terroristas" curdos.

No entanto, os outros integrantes da aliança já se mostraram confiantes de que podem convencer Ancara a não vetar Finlândia e Suécia. "Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo", disse o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, na segunda-feira (16).

Já o presidente Putin afirmou que não considera a entrada dos dois países escandinavos na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da aliança nos territórios sueco e finlandês. (com agência Ansa)

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