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EUA investem US$ 200 milhões em armas para defesa da Ucrânia

Os recursos também poderão ser aplicados em treinamento militar

Por MARCIO GOMESJORNAL DO BRASIL com agências

Publicado em 12/03/2022 às 20:28

Alterado em 12/03/2022 às 20:28

O presidente dos EUA, Joe Biden, chega a bordo do Air Force One no Aeroporto Internacional da Filadélfia, na Pensilvânia; 11 de março de 2022 Foto: Reuters/Jonathan Ernst

Os Estados Unidos disseram neste sábado (12) que enviarão até 200 milhões de dólares em armas pequenas, antitanque e antiaéreas adicionais para a Ucrânia, enquanto autoridades ucranianas pediram mais equipamentos para se defender contra bombardeios pesados de forças russas.

O presidente Joe Biden autorizou a assistência de segurança adicional, disse a Casa Branca, abrindo caminho para o envio "imediato" de novos equipamentos militares para a Ucrânia, relatou um alto funcionário do governo.

A decisão de Biden eleva o total da ajuda de segurança dos EUA fornecida à Ucrânia para US$ 1,2 bilhão desde janeiro de 2021 e para US$ 3,2 bilhões desde 2014, quando a Rússia anexou a região da Crimeia na Ucrânia, segundo altos funcionários do governo.

Em um memorando ao secretário de Estado Antony Blinken, Biden ordenou que até US$ 200 milhões alocados através da Lei de Assistência Externa fossem designados para a defesa da Ucrânia.

Blinken disse que autorizou uma quarta redução dos estoques de defesa dos EUA, de acordo com a diretiva de Biden, "para ajudar a Ucrânia a enfrentar as ameaças blindadas, aéreas e outras que está enfrentando" quando a guerra entrou na terceira semana.

Ele elogiou a "grande habilidade, vontade de ferro e profunda coragem" demonstradas pelas forças armadas e cidadãos ucranianos, e disse que os Estados Unidos também continuarão a fornecer assistência humanitária aos necessitados.

"Os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros se solidarizam com o povo e o governo da Ucrânia diante da agressão do Kremlin", disse ele em comunicado. "A comunidade internacional está unida e determinada a responsabilizar (o presidente russo Vladimir) Putin."

A Rússia diz que está envolvida em uma "operação militar especial" que, segundo ela, não foi projetada para ocupar território, mas para destruir as capacidades militares de seu vizinho e "desnazificar" a Ucrânia.

Os fundos "fornecerão assistência militar imediata à Ucrânia, incluindo sistemas antiblindagem, antiaéreos e armas pequenas em apoio aos defensores da linha de frente da Ucrânia", disse uma das autoridades americanas, falando sob condição de anonimato.

A Ucrânia tem pedido mais armas antitanque Javelin e mísseis Stinger para derrubar aeronaves.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, destacou no sábado a necessidade da Ucrânia de suprimentos militares adicionais em uma entrevista à iniciativa sem fins lucrativos Renew Democracy Initiative.

Os Estados Unidos recorreram aos estoques de armas dos EUA para abastecer a Ucrânia repetidamente, começando no outono de 2021 e depois novamente em dezembro e fevereiro.

O último lote de armas dos EUA fornecido em fevereiro incluiu antiblindagem, armas pequenas, coletes à prova de balas e várias munições, de acordo com o Pentágono, além de sistemas antiaéreos.

Na noite de quinta-feira (10), o Congresso dos EUA aprovou US$ 13,6 bilhões em ajuda emergencial para a Ucrânia como parte de uma medida de US$ 1,5 trilhão para financiar o governo dos EUA até setembro. (com agência Reuters)

 

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