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Google estaria trabalhando para apoiar o Pentágono 'no campo de batalha', diz NYT

A empresa-mãe do Google, Alphabet, estaria tentando convencer o Pentágono para a obtenção de um contrato de computação em nuvem conhecido como Capacidade Conjunta de Guerra na Nuvem (JWCC na sigla em inglês) – o sucessor do projeto 'nuvem de guerra'

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 04/11/2021 às 12:10

Alterado em 04/11/2021 às 12:15

Sede do Google em Nova York Foto: AP Photo / Mark Lennihan

O gigante tecnológico tem "buscado agressivamente" obter o contrato, informou o The New York Times nessa quarta-feira (3), citando "quatro pessoas familiarizadas com o assunto".

Segundo o jornal, "a iniciativa dos militares, que visa modernizar a tecnologia em nuvem [on-line] do Pentágono e apoiar o uso da inteligência artificial para obter vantagem no campo de batalha", seria um substituto para um contrato com a Microsoft que havia sido descartado há poucos meses.

Por sua vez, o Google tem, discretamente, se esforçado para garantir esse contrato, desviando uma parte considerável de seus recursos e selecionando engenheiros de outros projetos para preparar uma proposta viável para o Pentágono, diz a matéria.

O diretor executivo de Google Cloud, Thomas Kurian, se reuniu na terça-feira (2) com o chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general Charles Q. Brown, para apresentar as tecnologias de computação na nuvem da empresa. Apesar de não ter ficado claro se a reunião resultou em algum acordo entre as partes mencionadas, o The New York Times relatou que o Google esperava "justificar" os serviços do gigante tecnológico.

A JWCC, que é parte da iniciativa de modernização multibilionária do Pentágono, é a sucessora do contrato de nuvem Infraestrutura de Defesa de Empreendimento Conjunto (JEDI na sigla em inglês) de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 55,5 bilhões), que nunca se materializou devido a longas disputas legais.

Embora o Pentágono tenha inicialmente sugerido que apenas as companhias Amazon e Microsoft eram adequadas para o contrato, as autoridades não descartaram que outros concorrentes – como o Google – pudessem entrar na equação se conseguissem provar que atendiam às exigências específicas.

O Pentágono disse ter concluído sua pesquisa de mercado no mês passado, pelo que os beneficiários dos contratos devem ser anunciados até abril de 2022. (com agência Sputnik Brasil)

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