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Itália nega desrespeito a direitos humanos de migrantes

Alarme foi lançado pela comissária da ONU Michelle Bachelet

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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Enzo Moavero Milanesi, se encontrou com a alta comissária das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e negou que seu país tenha cometido "violações" na crise migratória no Mediterrâneo.

A reunião aconteceu à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, dias após a ex-presidente do Chile ter anunciado o envio de uma equipe ao país europeu para avaliar o "forte crescimento" de "atos de violência e racismo" contra migrantes, negros e ciganos.

"Houve modo de esclarecer as razões pelas quais a Itália acredita serem infundadas as questões levantadas e de compartilhar o reconhecimento de seu notável empenho no resgate de migrantes que atravessam o Mediterrâneo", disse Moavero, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores.

Nos últimos meses, a Itália tem convivido com recorrentes casos de agressão contra minorias, desde migrantes e refugiados até ciganos. No fim de agosto, por exemplo, um grupo de eritreus foi recebido em Rocca di Papa, nos arredores de Roma, com uma manifestação hostil de neofascistas.

Já nesta quarta-feira (26), três estudantes de Ceprano, na província de Frosinone, foram denunciados por discriminação racial, étnica e religiosa em ataques contra migrantes. Não há, no entanto, estatísticas oficiais que permitam constatar um aumento nos crimes de ódio no país.

Bachelet também é crítica da decisão da Itália de fechar os portos para navios que resgatam pessoas no Mediterrâneo, qualificando essa abordagem como "devastadora" para muitos indivíduos já "vulneráveis".

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itália