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Sérgio Cabral sem moral em Brasília

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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), pediu ao Senado que adiasse a votação da nova divisão dos royalties do petróleo, mas recebeu um sonoro "não" como resposta de Brasília. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), reafirmou nesta segunda-feira que a votação do veto não passa desta semana. 

Saudades de Lula

A negativa mostra como o Rio de Janeiro está em baixa com o governo federal. Nos tempos do presidente Lula, a linha direta das esferas municipal/estadual/federal fez o estado fluminense viver uma verdadeira lua-de-mel com o PT. Na ocasião, o Rio conseguiu postergar a decisão em torno dos royalties várias vezes e o presidente sempre se mostrou abertamente contra as perdas na arrecadação do estado.

Nada pessoal

Com Dilma no poder, a atitude tem sido um pouco diferente. Com dezenas de prefeitos pressionando o Legislativo a tocar a mudança dos royalties e a esmagadora maioria dos parlamentares que apoiam a nova partilha, a presidente largou as rédeas do assunto. Para Sarney, a questão não é nada pessoal com o Rio de Janeiro, e sim uma mudança inevitável. 

"Essa questão não é minha. Não é pessoal. É uma decisão que envolve toda a Casa e os interesses das prefeituras, de todos os lugares do Brasil, de maneira que qualquer decisão tem que ser tomada colegiadamente", disse o presidente do Senado.