O documentário em longa-metragem “Luz, Câmera, PICHAÇÃO”, dos diretores Gustavo Coelho, Marcelo Guerra e Bruno Caetano, participa da Mostra Competitiva da Première Brasil do Festival do Rio. O filme registra a cultura da pichação da cidade do Rio de Janeiro e apresenta uma convivência direta com os pichadores - suas formas de socialização, histórias de vida, grafias, sucessos, seus riscos, perdas e ganhos.
“Luz, Câmera, PICHAÇÃO” acompanha a produção, em sua grande maioria na madrugada, de personagens como “Dark”, que tornou-se conhecido pela mídia após ser preso por pichar o túmulo do cantor Cazuza e liberado em seguida ao ser “perdoado” pela mãe do cantor, Lucinha Araujo.
“Pichação não é graffiti”, atesta um dos retratados no documentário. Esta distinção que só acontece no Brasil, incompreensível para a maioria das pessoas, tornou-se crime e a situação acaba justificando, diante da sociedade, as violências às quais todo pichador está sujeito a passar. Suscetíveis à nomeação "vândalos", o longa-metragem é fonte para pensar nas fragmentações e indiferenças que constituem grande parte dos desafios contemporâneos da nossa sociedade.
“Luz, Câmera, PICHAÇÃO” começou a ser desenvolvido a partir da pesquisa “piXação: arte e pedagogia como crime”, que o diretor Gustavo Coelho iniciou para sua tese de Mestrado em Educação da UERJ. Desde então, o projeto vem gerando grande interesse de estudiosos ao redor do mundo e vem participando de diversos eventos e conferências, como The City: 2nd International Conference (Simon Fraser University, Vancouver, Canadá/ maio 2011); Exposição “Art in The Streets” (MOCA – Museum Of Contemporary Arts, Los Angeles, EUA / junho 2011); Nuart Festival (SF Kino, Stavanger, Noruega, setembro 2011) e SICYUrb - Second International Conference of Young Urban Researchers (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Portugal, outubro 2011).
Sinopse Curta – “Luz, Câmera, PICHAÇÃO”
Documentário registra a cultura da pichação do Rio de Janeiro e apresenta uma convivência direta com os pichadores - suas formas de socialização, histórias de vida, grafias, sucessos, seus riscos, perdas e ganhos.
Gênero: Documentário; Ano de produção: 2011; Duração: 102 minutos; Formato: Digital; Classificação etária: 12 anos; Cor: Colorido.
Biografia dos Diretores:
· Gustavo Coelho (Diretor, Produtor e Pesquisador) – Doutorando em Educação (UERJ). Mestre em Educação (UERJ) com a pesquisa “piXação: arte e pedagogia como crime”. Doutorando e Professor do curso de Pedagogia (UERJ) ministrando as disciplinas “Educação Estética” e “Outras cidades, outras juventudes, outras estéticas”.
· Marcelo Guerra (Diretor, Produtor e Editor) – Bacharel em Jornalismo (UERJ). Mestrando em Ciências da Arte (UFF). Formado em roteiro para Cinema e TV pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Formado em direção de cinema e TV pela EICAR (The International Film School of Paris).
· Bruno Caetano (Diretor, Produtor e Editor) – Formado em roteiro para Cinema e TV pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Mestre em Artes (UERJ). Editor de programas como Som do Vinil e MPBambas (Canal Brasil) e Fight Surf (PFC Combate). Diretor do Curta "Café no Bule" (ET de prata - Festival de Cinema de Varginha / Menção Especial de melhor documentário - Cine MuBE Vitrine Independente).
Considerações dos Diretores:
Luz, Câmera, PICHAÇÃO, ou LCP, começou a ser filmado por acaso, afinal de contas, segundo nosso planejamento, tudo não passaria de algumas poucas imagens para uma pesquisa de mestrado. De todo modo, antes mesmo do REC ser pressionado pela primeira vez, um pichador nos surpreendeu. Era nossa primeira filmagem, já uma missão, e Nuno, sabendo que seria gravado, tirou do bolso um guardanapo com uma série de frases, dentre as quais, escolheríamos a que seria estampada. Por unanimidade, nos chamou atenção, justamente, a evidentemente criativa – Luz, Câmera, PICHAÇÃO. Não podíamos deixar este nome tão forte ser esquecido. Acho que, mesmo sem falarmos nada naquele momento, ali estava decidido, não podíamos parar, era preciso seguir, fazer, de fato, um documentário.
De todo modo, nem foi preciso esforço, a primeira missão bastou para sermos tomados pelo vício da adrenalina. A câmera voltava, literalmente, suada. Câmera como spray, sempre na mão, em risco. E nós, cansados de nervoso, paradoxalmente não conseguíamos dormir imediatamente. Foi então, justamente esta força inapreensível que fez o filme seguir naturalmente, de uma maneira que, quase sem percebermos, tínhamos alcançado, em cerca de três meses, um vasto material, entre missões pelas madrugadas e longas horas de entrevistas.
Parecia um projeto um tanto ambicioso ou impensável, afinal, aquilo que não passaria de vídeos, tornou-se um projeto 100% independente de documentário longa-metragem para cinema, conduzido por apenas três pessoas com uma única câmera, um único microfone e nenhum financiamento. Passado pouco mais de um ano de intensas reuniões de edição, o filme está pronto e começa a ganhar vida. 2011 se inicia inserindo o filme no circuito mundial de Festivais de Cinema e Documentário e claro, projetando abandonar as amarras da “independência” via possíveis parcerias com produtoras / distribuidoras que possam dar ao projeto o alcance e a distribuição que ele merece.
Exibições no Festival do Rio:
Dia 12 de outubro, quarta-feira
Local: Cinema Nosso
Endereço: Rua do Rezende, 80, Lapa
Telefone: (21) 2505-3300
Horário: 19h
Dia 13 de outubro, quinta-feira
Local: Ponto Cine
Endereço: Guadalupe Shopping - Estrada do Camboatá, 2300, Guadalupe
Telefones: (21) 3106-9995 / 3106-0886
Horário: 18h
Informações Técnicas:
Gênero: Documentário
Ano de produção: 2011
Duração: 102 minutos
Formato: Digital
Classificação etária: 12 anos
Idioma: Português
Subtítulo: Inglês
Som: Stereo
Cor: colorido
Ficha Técnica:
Realização: Have a Nietzsche Day!
Direção: Marcelo Guerra, Gustavo Coelho e Bruno Caetano
Edição: Marcelo Guerra e Bruno Caetano
Produção: Gustavo Coelho, Marcelo Guerra e Bruno Caetano
Edição e mixagem de som: Fátima Araujo
Música Original: Manga Fina
VideoGrafismo: Cerotreees
Logo e Website: Eduardo Conceição e Ricardo Pitanga
Legendagem: Pedro Coelho e Pedro Pan