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Ex-zagueiro do Flu e da Seleção morre no Rio aos 79 anos

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O ex-zagueiro Pinheiro morreu na noite desta terça-feira no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos. Com passagens por Americano, Fluminense, Bonsucesso e Bahia, ele tinha 79 anos e estava internado no Hospital Pan-Americano por conta de um câncer.

João Carlos Batista Pinheiro brilhou no Fluminense entre 1948 e 1963, vestindo a camisa tricolor em 603 partidas - apenas o ex-goleiro Castilho, com 697 jogos, atuou mais vezes pelo clube. Assim, chegou também à Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1954.

"Morreu nesta terça-feira uma parte marcante da história do Fluminense: Pinheiro. Um homem a quem devemos idolatrar muito além das quatro linhas. Um ídolo, uma referência. Sentiremos a sua falta, mas ele está eternizado na memória e no coração do torcedor tricolor", declarou Peter Siemsen, presidente do Flu, segundo o site do clube.

O velório de Pinheiro acontecerá no Salão Nobre da sede das Laranjeiras, nesta quarta-feira, entre as 10h e as 20h. O sepultamento acontece no dia seguinte.

Carreira

Pela equipe, foi campeão carioca em 1951 e 1959, do Rio-São Paulo em 1957 e 1960 e participou da conquista da Copa Rio de 1952, considerada pelos tricolores um título mundial.

Fora de campo, quando comandou o Cruzeiro, em 1993, deu oportunidade para o ainda franzino Ronaldo ter uma oportunidade como titular. Foi o passo inicial para aquele garoto, então com 16 anos, se tornar destaque atuando por grandes clubes europeus, Seleção Brasileira e Corinthians.

Pela Seleção, Pinheiro foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1952 e da Taça Bernardo O'Higgins em 1955. Sua participação no Brasil foi de 17 partidas, com 11 vitória, três empates, três derrotas e um gol marcado.

Antes de chegar ao Fluminense, chegou a vestir a camisa de goleiro do Americano, time de sua cidade - nasceu em Campos dos Goytacazes em 13 de janeiro de 1932. Após deixar o Fluminense, defendeu o Bonsucesso, no Rio de Janeiro, em 1963, e o Bahia, em 1964.

Como treinador, além do Cruzeiro, também comandou o Goytacaz, o Americano, o América-MG e o próprio Fluminense, mas ganhou destaque na função, antes de lançar Ronaldo, com o surpreendente Bangu que perdeu nos pênaltis a decisão do Campeonato Brasileiro de 1985 para o Coritiba, no Maracanã.