O brasileiro Júnior Cigano dos Santos fará o principal combate do UFC 131, marcado para este sábado, em Vancouver, no Canadá. Entretanto, antes mesmo de enfrentar Shane Carwin pela categoria dos pesados, o lutador radicado em Salvador já pensa em uma hipotética disputa de cinturão com o atual campeão Cain Velasquez - uma vitória neste final de semana credenciará o especialista em boxe e jiu-jitsu a desafiar o americano.
"Não me importo em desafiar Velasquez valendo o cinturão dos pesados, mesmo tendo lutado em junho. Esta é minha condição para participar do UFC 134 no Rio de Janeiro, uma luta valendo o cinturão dos pesados", afirmou o competidor brasileiro, ignorando o curto tempo entre o combate deste sábado e o evento carioca, que será disputado no dia 27 de agosto.
A princípio, Cigano enfrentaria no UFC 131 o ex-campeão Brock Lesnar. Entretanto, o lutador americano sofreu pela segunda vez com um problema de diverticulite - uma inflamação dos divertículos, espécie de bolsa presente no intestino grosso - e precisou se afastar dos octógonos para amenizar o problema.
Os principais sintomas da doença encarar por Lesnar são as dores abdominais, alteração no hábito intestinal e febre. Em casos mais graves, ocorre até a perfuração desta bolsa, que pode levar a morte. A situação do ex-campeão obrigou Dana White e a direção do UFC a escalar Carwin para encarar Cigano.
Com um recorde de 12 vitórias e uma derrota (justamente para Lesnar), o próximo desafio de Júnior dos Santos possui como principais estilos de luta o wrestling e o boxe. Caso bata Cigano, Carwin também terá o direito de disputar o cinturão dos pesados.
Demian Maia quer apresentar novas armas
Além de Júnior Cigano, o brasileiro Demian Maia também lutará neste final de semana em Vancouver. Diante do filipino Mark Muñoz, o paulista buscará ratificar o bom momento no evento, já que soma duas vitórias consecutivas. Para bater o novo adversário e novamente se tornar um dos principais nomes da categoria dos médios, o especialista em jiu-jitsu quer apresentar novas "armas" de combate.
"Comigo ele vai ter duas opções: ou vai querer trocar em pé, ou, se ele quiser me botar pro chão, vai tentar trabalhar no ground and pound, como ele sempre faz. Estou com umas armas novas aí, espero poder usá-las na luta", contou o lutador paulista.