O treinador do Real Madrid, José Mourinho, que levou sua equipe à vitória na Copa do Rei contra o Barcelona, assegurou nesta terça-feira em uma entrevista coletiva à imprensa que não tem "poção mágica" para derrotar o Barcelona, antes de enfrentar o clube catalão na quarta-feira pela Liga dos Campeões, no terceiro clássico espanhol desta temporada.
P: Você acha que sua vitória na Copa do Rei pode ter afetado o moral dos jogadores do Barça?
Mourinho: "Não sei em que estado estão. Sei em que estado estamos. Estamos no mesmo estado que se não tivéssemos vencido a final da Copa. Conversamos e isso ficou muito claro: as competições são independentes, cada partida tem sua história. Não podemos estar acima de todo mundo depois de vencer uma partida e não podemos estar abaixo depois de perder uma partida. Temos que buscar sempre este equilíbrio. A equipe está tranquila."
P: Antes das quartas de final, na ida contra o Tottenham, você disse que o 0-0 não seria um mau resultado. Que resultado seria um bom na quarta-feira à noite?
Mourinho: "É muito difícil dizer. A tendência natural seria um resultado equilibrado e uma segunda partida aberta... Quando você vai jogar na casa de uma equipe fantástica como o Barça, nunca está seguro. Nós tínhamos vencido o Tottenham por 4-0 aqui (em Madri) e tivemos dificuldades lá. Nunca sei o que pode ser um bom resultado."
P: Será uma partida de jogadores ou uma partida de treinadores, entre você e Josep Guardiola?
Mourinho: "De todos (jogadores e treinadores). Sou o mesmo treinador que perdeu de 5-0 para o Barcelona (na Liga). Não tenho poção mágica para derrotar o Barcelona, apenas um trabalho honesto, sério, horas de trabalho para tentar ajudar os meus. Não quero que me vejam como alguém que tem uma poção mágica. Fizemos uma grande partida no campeonato (1-1, no dia 16 de abril), em Valência (na Copa do Rei), mas amanhã (quarta-feira) é uma outra partida contra um adversário ''top'' e um treinador ''top''". Digo aos meus jogadores o que disse um cara que se chamava Albert... Albert Einstein: que a única força motriz, mais poderosa que a eletricidade, mais poderosa que a energia nuclear, é a vontade, e esse cara, Albert, não era burro."