LONDRES - O chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, afirmou neste domingo em uma transmissão esportiva da rede BBC que o Grande Prêmio do Bahrein pode ser adiado, caso as manifestações contra o regime que tomaram a capital do país continuem, decisão que será tomada "provavelmente na terça-feira".
"Eu não falei esta manhã (domingo) com o príncipe herdeiro, o xeque Salman Ben Hamad Al-Khalifa, e tampouco sei o que está acontecendo no país. Mas, se alguém pode esclarecer a situação, esta pessoa é ele", disse Ecclestone.
"O príncipe herdeiro decidirá se estaremos seguros ou não. Esperaremos até terça-feira para saber se o Grande Prêmio será realizado antes de tomar uma decisão. Pode ser que tenhamos que adiá-lo para mais tarde".
Ecclestone excluiu a possibilidade que a corrida de abertura da temporada da F1 seja disputada em outro lugar no dia 13 de março, devido ao pouco tempo para organizar o evento.
"Esperamos que as coisas aconteçam conforme previsto", concluiu.
As corridas da série GP2, que precedem a F1 e deveriam ter sido disputadas na semana passada no circuito de Sakhir, em Bahrein, foram canceladas por causa da onda de protestos contra o governo.
A repressão contra os manifestantes provocou seis mortes e deixou dezenas de feridos neste pequeno reino do Golfo Pérsico, de maioria xiita, governado por uma dinastia saudita.
Neste final de semana, o príncipe herdeiro propôs o início de um diálogo político com a oposição, que por sua vez exige a renúncia do governo como condição para as negociações.