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RIO - O auxiliar-técnico da seleção brasileira, Jorginho, afirmou que ficou surpreso com a decisão do meia Kaká de pedir dispensa do time que disputará a Copa América, a partir do mês que vem, na Venezuela.
- Não tenha dúvida que essa decisão pegou a gente de surpresa. A gente vinha fazendo um planejamento com alguns jogadores ... Foi uma surpresa, mas temos que aprender a conviver com isso - disse Jorginho nesta segunda-feira, reconhecendo que Kaká fazia parte da comissão técnica para o torneio.
O auxiliar-técnico garantiu que o meia do Milan não ficará marcado por essa decisão e que não haverá nenhum tipo de retaliação por parte da comissão técnica.
- Esse pensamento não passa pela minha cabeça nem pela cabeça do (técnico) Dunga. Temos que entender o momento, saber o que o atleta está passando. Seria bom contar com ele. Agora não adianta chorar o leite derramado. Temos que pensar em dar oportunidade a um outro atleta - disse ele.
Na última Copa América, em 2004, o então técnico Carlos Alberto Parreira dispensou jogadores mais experientes como Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo.
O auxiliar-técnico destacou que, quando era jogador, não gostava de ficar de fora da seleção brasileira.
- Em nenhum momento quis ficar de fora da seleção brasileira. Respeito naturalmente a opinião de cada um, mas acho que a carreira de jogador de futebol passa tão rápido que um pouquinho mais à frente a gente se arrepende de não ter participado de alguns jogos da seleção.
Na última sexta-feira, o meia Kaká pediu para ser dispensado da Copa América, alegando não ter férias há três anos.
O técnico Dunga não pretende dispensar ninguém, a não ser que o atleta peça por escrito essa liberação.