Agência EFE
ROMA - Aurelio De Laurentis, presidente e acionista majoritário do Napoli, um dos clubes mais tradicionais da Itália e atualmente na segunda divisão, criticou as decisões adotados pelo Governo para acabar com a violência nos estádios e acenou com uma possível greve dos clubes.
- Os clubes também poderiam decidir não jogar e fazer uma greve. Se não existem garantias, por que motivo devemos voltar a jogar? - afirmou De Laurentis ao término de uma reunião da Liga Profissional Italiana de Futebol (clubes de Primeira e Segunda divisão) em Roma.
De Laurentis não gostou de os clubes não terem sido convocados para a reunião de segunda-feira, que contou com membros do Governo, Federação e Comitê Olímpico locais.
- Não gosto do fato de o Governo tratar com superficialidade um problema tão importante e vital na Itália, como é futebol - apontou De Laurentis, cuja equipe jogará com portões fechados se as medidas forem aprovadas.
- Se preciso, deveríamos suspender as competições por três semanas e reescrever regras que respondam à lógica e à razão de empresa. Depois disso, começamos tudo do zero. Esta é a lógica. Estes senhores não entenderam que devem se dirigir aos interessados diretos - completou.
De Laurentis, além disso, definiu como uma autêntica 'idiotice' jogar as partidas com portões fechados.
Durante a reunião da Liga, outros presidentes de clubes sugeriram a ausência de torcidas visitantes enquanto os estádios estiverem em processo de adaptação. Com isso, não haveria brigas entre rivais.
Caso esta sugestão não seja levada em consideração, presidentes como o do Atalanta, Ivan Ruggeri, já disseram que não entram em campo nestas condições.
Representantes da Liga seguem tentando, em reuniões com a Federação e o Ministério do Interior, que propostas como a anterior sejam consideradas.