Reuters
PARIS - Um policial matou um torcedor do Paris Saint-Germain e deixou outro gravemente ferido na noite desta quinta-feira, depois que a equipe francesa foi derrotada pelo Hapoel Tel Aviv na Copa da Uefa, disseram fontes policiais.
Os primeiros indícios apontam que o policial à paisana foi ajudar um torcedor francês da equipe israelense que era atacado por torcedores do time de Paris do lado de fora do estádio. Um grupo de 150 torcedores se voltou, então, contra o policial.
Primeiramente, ele lançou gás lacrimogênio para tentar dispersar os agressores, mas depois fez disparos com sua arma, matando um homem e ferindo outro.
Fontes disseram que os torcedores do Paris Saint-Germain pareciam ser ativistas de extrema direita e gritavam 'França para os franceses' enquanto confrontavam o torcedor do Hapoel. O policial era negro.
A procuradoria de Paris, que iniciou uma investigação formal sobre o assassinato, disse nesta sexta-feira que ainda não foi possível reconstituir precisamente o que aconteceu, já que os testemunhos variam.
Segundo a procuradoria, entretanto, os primeiros indícios sugerem que o policial agiu em legítima defesa após ser atacado, ou tentando proteger o torcedor do Tel Aviv.
Um jornalista da revista semanal L'Express que disse ter testemunhado o incidente afirmou ter visto um jovem negro à paisana aparentemente tentando proteger alguém de uma multidão ameaçadora, antes de buscar refúgio em uma lanchonete próxima.
Em um relato publicado no site da L'Express, o jornalista, Philippe Broussard, disse que a multidão, que gritava insultos racistas e palavras de ordem nacionalistas como 'Vermelho, Branco e Azul, França para os franceses!', aparentemente não sabia que o homem era policial. Broussard afirmou não ter visto os tiros.
A explosão de violência aconteceu depois que o Paris Saint-Germain sofreu uma derrota de 4 x 2 para seus adversários de Tel Aviv