EFE
BERLIM - O ex-piloto alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial da Fórmula 1 e que deixou a principal categoria do automobilismo nesta temporada, confessou que nunca se achou invencível, segundo palavras de sua autobiografia.
No livro, que sairá à venda na próxima sexta-feira na Alemanha, o ex-piloto da Ferrari conta que sua intenção era deixar as pistas após uma temporada satisfatória.
Por isso ele nunca viu como um bom momento o fim da temporada de 2005, quando tanto ele como a Ferrari decepcionaram e permitiram ao espanhol Fernando Alonso, da Renault, conquistar o primeiro de seus dois títulos mundiais.
- Não teria saído satisfeito numa situação em que tudo ia mal. Achava inadequado sair naquela hora. Além disso, continuava gostando muito de pilotar, explicou Schumacher em fragmentos de sua autobiografia adiantados pelo jornal 'Die Welt'.
Porém, Schumacher diz que esse ano serviu para que sua equipe reagisse e melhorasse muitas coisas.
- Acredito até que foi bom as coisas terem sido tão extremas. Só isso nos permitiu explodir recursos que achávamos ter esgotado e os resultados ficaram evidentes em 2006, diz Schumacher.
O alemão voltou a ser derrotado por Alonso em 2006, mas travou um apertado duelo com o rival e chegou a ter chances, embora mínimas, no Grande Prêmio do Brasil, última prova da temporada.
Agora, poucos meses após sua aposentadoria, Schumacher diz que sempre teve claro que algum dia tudo acabaria, que sempre soube que não era invencível e que não necessariamente era o melhor.
- Não tenho nem idéia como a aposentadoria vai me afetar nem o que vou fazer. Mas não tenho medo. Pelo contrário, há muitas coisas que quero viver, diz Schumacher.
Antes de mais nada, o ex-piloto pensa na possibilidade de viver normalmente com sua família, dedicando tempo aos filhos.
Schumacher sabe que, a longo prazo, a vida familiar pode não ser tudo na vida, mas assegura que logo encontrará algo que o divirta e o satisfaça