Faísca acesa
As temporadas de basquete da NBA e, principalmente este ano com 20 times, do NBB, são longas. Às vezes, o acúmulo de jogos traz uma certa fadiga do público que acompanha as duas ligas. Eis que surge uma faísca que volta a acender a chama do torcedor. O jogaço entre Flamengo e Caixa Brasília Basquete não foi uma faísca, foi uma explosão.
A partida disputada no Maracanãzinho na última quinta-feira (20), vencida pelo Brasília por 85 a 82, nos últimos segundos mostrou um caminho bem interessante para o futuro do NBB. Vamos falar sobre isso mais tarde.
Enquanto isso, vamos ao jogo. Chegamos na partida com o seguinte cenário: O Flamengo do técnico Sérgio Hernandez defendia uma invencibilidade de 10 partidas neste NBB enquanto o time do Planalto Central vinha de 3 vitórias, uma delas sobre o KTO Minas (80 a 78). O resultado veio na resiliência de seus jogadores e na estratégia na ponta dos dedos.
“Eles anularam muito bem a nossa jogada de pick-and-roll”, comentou o técnico do Flamengo na coletiva de imprensa. “Temos que dar os méritos ao Brasília, que possui ótimos jogadores e incomodou bastante o nosso ataque com sua defesa”.
A análise de “Oevja” foi certeira. Com o armador Córvalan (22 pontos) comandando as ações e incomodando o astro do Fla Alexey Borges, o Brasilia nunca deixou o Flamengo desgarrar no placar.
O quarto período viu o Flamengo sofrer com a “Lei do Ex”. O ala/armador Kevin Crescenzi, campeão pelo Fla em 2019, comandou as ações e com um passe preciso deixou o pivô Brunão livre para a enterrada que deu números finais ao jogo.
Vídeo com melhores momentos de Flamengo e Brasília:
O time do Brasília está em uma reconstrução conduzida pelo diretor Fúlvio Chiantia e o supervisor Pedro Rava. Foi um trabalho que começou 2,3 anos atrás e culmina neste elenco montado para essa temporada.
"Todos os jogadores neste time são experientes no NBB", destacou o ala Daniel Von Haydinm: o pivô Renato Carbonari, o armador Buiú, além dos já mencionados Crescenzi e Córvalan. Isso mostra que o NBB precisa concentrar mais os talentos locais e não distribuir em 20 times com diferenças gritantes de talento.
Para finalizar, perguntamos ao técnico Dedé Barbosa se uma competição de tiro curto como o Super 8 é um dos objetivos do time. Resposta: ”A temporada é longa e é muito difícil vencer um Flamengo, Franca ou Minas em uma série de 5 jogos. Porém, um Super 8 tem apenas 3 jogos e pode acontecer de tudo”.
Olho no Brasília.
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O Flamengo volta à quadra neste sábado (22), às 17 horas, contra o Rio Claro.
Fim de Jogo e a Área de Responsabilidade Social do Flamengo.