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Leven Siano e Pedrinho disputam, neste sábado, a Presidência do Vasco

Eleição vai acontecer das 10h às 22h; o eleito não terá mais o controle do futebol, mas a reforma e ampliação de São Januário são os principais desafios

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 11/11/2023 às 09:27

Alterado em 11/11/2023 às 10:19

Leven Siano e Pedrinho disputam a Presidência do Vasco associativo Fotos: Divulgação/Arquivo pessoal

Os vascaínos elegem, neste sábado (11), o presidente que comandará o clube associativo para o triênio 2024-2026. A corrida eleitoral, que chegou a ter oito nomes na disputa, chega ao fim restrita a dois candidatos: Leven Siano e Pedrinho, que é o favorito.

Quem são os candidatos

Leven Siano, da chapa “SOMAMOS”, concorre à presidência do Vasco pela segunda vez. Advogado de formação com 54 anos, ele já havia se candidatado ao cargo em 2020. Leven foi o candidato com mais votos na eleição presencial daquele ano, mas o pleito foi interrompido por uma decisão judicial, que até hoje causa polêmica. Uma semana depois, em votação online, ele optou por não participar. Posteriormente, a Justiça considerou Jorge Salgado o vencedor.

Em entrevista ao ge, ele apresentou suas credenciais:

"Saí do Brasil, me especializei em Gestão pela UEFA para poder entregar o 'SOMAMOS', o melhor projeto para o Vasco. Assim como milhões de vascaínos, também gostaria de ver o nosso clube mais transparente, eficiente e protagonista. O que eu apresento é a mudança através de uma gestão moderna de partes interessadas, antenada com as tendências globais de gestão de futebol. É o futuro. A modernidade sem abrir mão da nossa tradição. Cuidar das nossas sedes, dos nossos ativos, enfim do Vasco e dos vascaínos para dar uma nova direção ao clube, gerando credibilidade com o torcedor, o sócio e o mercado".

Pedrinho, de 46 anos, é um velho conhecido dos torcedores. Cabeça da chapa "Sempre Vasco", ele pediu demissão do Grupo Globo, onde exercia função de comentarista esportivo, e recebeu apoio de Júlio Brant, que desistiu de concorrer para fechar a "frente ampla".

Nos tempos de jogador, construiu uma história dentro do Vasco. Ele chegou ao clube aos seis anos para jogar futsal e se tornou jogador profissional. Integrante de uma das gerações mais vitoriosas da história do clube, acumulou diversos títulos, entre eles o da Libertadores de 1998.

Também em entrevista ao ge, ele mostrou o porquê de ser eleito:

"Um passo para a realização de um sonho. E em pouco tempo teremos a resposta dos sócios nas urnas. Tenho certeza de que eles sabem que o melhor para o futuro do Vasco é ter à frente do clube associativo alguém que conheça cada centímetro quadrado de São Januário, que sempre honrou a Cruz de Malta e se preparou muito para liderar esse movimento de transformação. Vou ficar muito feliz de receber os votos dos associados, mas também deixo claro que eles devem fazer o que sentirem no coração. Peço apenas que não deixem de votar, peço que exerçam o direito ao voto".

A votação

A eleição vai acontecer neste sábado, das 10h às 22h. A votação pode ser feita de duas formas: presencial, em cabines com computadores na Sede do Calabouço, ou online - a empresa "BeeVoter" é a responsável pelo pleito virtual. O vencedor deve ser conclamado ainda neste sábado, logo após o fechamento das urnas.

A lista de aptos a votar na eleição do Vasco conta com 6.209 sócios. No entanto, 256 associados terão seus votos separados para que posteriormente seja feita uma averiguação, segundo uma decisão judicial. O número total é menor do que o do último pleito, em 2020, quando 7.981 associados tiveram direito a voto.

Gestão minoritária no futebol e foco na reforma de São Januário

Ano eleitoral historicamente movimenta os bastidores do Vasco, que vive uma crise política e financeira há mais de duas décadas. A venda da SAF para a 777 Partners, no entanto, tira grande poder do presidente eleito. Quem assumir, provavelmente em janeiro de 2024, não terá mais o controle do futebol, carro-chefe dos clubes brasileiros. Entretanto, ainda tem muito em jogo, especialmente a sobrevivência do clube associativo.

O Vasco associativo não interfere mais nas principais decisões do futebol, mas tem uma participação significativa. O clube ainda é dono de 30% da SAF e tem duas cadeiras no Conselho de Administração da Vasco SAF, ocupadas pelo presidente e por outra pessoa indicada por ele.

O próximo presidente terá como missão, por exemplo, a gestão dos esportes olímpicos e do patrimônio do Vasco. A reforma e ampliação do estádio de São Januário é o principal desafio.

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