ESPORTES

Novembro é aniversário do Mengão e do XV de Piracicaba

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Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 15/11/2022 às 10:28

Alterado em 15/11/2022 às 10:28

Torcida do XV de Piracicaba Foto: organizadas.com/reprodução

O mês de novembro marca o aniversário de fundação de alguns importantes clubes do futebol brasileiro. O mais famoso e de maior torcida é o Clube de Regatas Flamengo, que surgiu em 17 de novembro de 1895, como uma agremiação dedicada ao remo (esporte muito popular no fim do século 19, junto com o turfe). Por sinal, o Botafogo (1891) e o Vasco da Gama (1898) nasceram como clubes de regatas.

O time de futebol do Flamengo surgiu em 1911, de uma cisão de jogadores do Fluminense Football Club (fundado em 1902), que também remavam pelo Flamengo. Já no ano seguinte, o rubro-negro conquistou o 1º campeonato carioca. Desde então, acumulou 37 títulos contra 33 do Fluminense, 24 do Vasco e 21 do Botafogo. Seu hino, composto por Lamartine Babo, torcedor do América, já diz que é um “campeão de terra e mar”. Hoje, da Libertadores; quem sabe do mundial, em 2023?

 

O time do 'Nho Quim'

Mas neste 15 de novembro, além da comemoração de 133 anos da Proclamação da República, nada menos que duas dúzias de clubes brasileiros fazem aniversário, a maioria com times de futebol. São Paulo tem dois clubes fundados nesta data cívica: o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba (1913) e o Esporte Clube XV de Jaú (1924). No Rio Grande do Sul, há o 15 de Campo Bom, que já incomodou a dupla Gre-nal.

O XV de Piracicaba foi fundado há 109 anos por descendentes de colonos italianos no interior de São Paulo, que então era dominado pela lavoura do café. Em regime de meia ou terça, as famílias dos emigrantes italianos plantavam nas “ruas” do café, milho, feijão e mandioca e ainda engordavam porcos e galinhas. Nas folgas do fim de semana, a pinga e o futebol eram as diversões preferidas.

O XV de Piracicaba criou seu hino oficial só em 1960. Empostado e sério, jamais pegou como grito de guerra da torcida que tinha como mascote o “Nho Quim”, típico caipira do interior que não consegue falar nem italiano nem português. Os vizinhos ricos de Campinas debochavam do grito de guerra dos primos pobres de Piracicaba, cuja adaptação (em caipirês) teria sido feita pelos alunos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

Pois em homenagem ao grito de guerra XV cra, cra, cra, aqui vai o impagável “Hino do Nho Quim”. Quem decifra Adoniram Barbosa vai entender tudo:

“Cárxara de forfe;
Cúspere de grilo;
Bícaro de pato”,
GOOORRRR!

“Ásara de barata;
Nheque de porteira;
Já que tá que fique;
Suvaco de cobra,
GOOORRRR!

“Sem óio de breque;
Óculos de raiban;
Carcanhar de bode;
Toceira de grama,
GOOORRRR!

“Já que tá que fique;
XV, crá, crá, crá.
GOOORRRR!

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